segunda-feira, 29 de junho de 2015

Palmeiras arrebenta com a vida do São Paulo

Será que anotaram a placa do caminhão que atropelou o São Paulo?
 
Alguns torcedores do São Paulo ficaram chateados comigo ontem nas redes sociais por conta da crítica que fiz ao clube do Morumbi após a derrota vexatória para o Palmeiras.
 
Desculpem-me, amigos, mas não tiro uma só vírgula do que escrevi ontem (28/06).
 
Perder para um rival não é e nunca será o maior dos problemas. Perder faz parte de quem disputa algo, desde que se perca jogando futebol digno.
 
O que realmente está em jogo nesse momento é a forma como o São Paulo entrou em campo ontem.
 
Não sei se você já percebeu, mas há alguns anos o São Paulo adotou uma postura que virou padrão quando enfrenta seus arquirivais (principalmente Palmeiras e Corinthians).
 
A gente nota no semblante do jogador, antes mesmo do apito inicial, que o tricolor não vai vencer.
 
O torcedor mais atento, e não menos apaixonado, não consegue sentir firmeza no olhar daqueles que em campo estão.
 
Ontem, bastou a câmera focar em Luis Fabiano e Ganso para eu ter certeza que o pior estava por vir.
 
E não é que eu seja pessimista. longe disso. É apenas uma leitura de quem acompanha essa equipe com olhos de lince.
 
O desânimo é visível.
 
Na mesma hora pensei: Se o São Paulo não fizer o primeiro gol a partida terminará em goleada para o oponente (Palmeiras).
 
Não deu outra.
 
Se de um lado Pato e Michel Bastos desperdiçavam importantes oportunidades para o São Paulo, do outro Leandro Pereira e Victor Ramos, do Palmeiras, não perdiam viagem e iniciavam o que seria o tormento tricolor.
 
O São Paulo foi para o vestiário com a cabeça doendo. Além dos 2 a 0, ainda tinha o efeito do baile que tomou na primeira etapa.
 
Se estava ruim dessa forma, pior ficou depois.
 
O segundo tempo veio para lacrar de vez o caixão sãopaulino.
 
Rafael Marques e Cristaldo ainda balançaram duas vezes, decretando a goleada alviverde (4 a 0), fora o show.
 
E poderia ter sido mais, não fossem os gols perdidos.
 
Enquanto tudo acontecia, Ganso, com sua sonolenta vontade, assistia o jogo do melhor camarote do estádio (dentro do campo). Por pouco não ofereceram uma cadeira, pipocas e bebidas ao jogador.
 
Mas a culpa não foi somente dele. Um time que conta com dois laterais fracos como Carlinhos e Bruno, além de uma zaga péssimo com Rafael Tolói e Dórea batendo cabeça, não poderia vencer um rival que, a seu oposto, tinha tanta vontade de vencer.
 
Rogério Ceni, ao final da partida, tentou amenizar a situação com suas comoventes desculpas. "Estavamos melhores na partida, até sofrermos o primeiro gol. Depois nos perdemos um pouco", disse.
 
Obvio, não, Sr. Ceni? Isso não precisava o Sr. vir a público dizer. Não seria muito melhor assumir a incompetência do time, como fez Robinho no sábado, após a eliminação da Seleção Brasileira na Copa América?
 
Há 7 anos o São Paulo não conquista uma competição de peso. A culpa? Oras, só pode ser da arrogante diretoria desse clube, que continua com aquela empáfia em pensar "somos os maiores do mundo".
 
A sorte desse São Paulo atual é que o nível este ano do Brasileirão é muito ruim e ainda há equipes muito piores, o que lhe dará a chance de disputar uma vaga para a Libertadores do ano que vem.  
 
Caso contrário...

Nenhum comentário: