quinta-feira, 18 de março de 2010

Dessa vez convenceu

É verdade que uma equipe fraca como a do Nacional (PAR) não pode ser parâmetro para medir a força de ninguém. Isso é obviu. Mas independente da qualidade desse adversário o São Paulo fez uma partida brilhante, vencendo por 3 a 0 e assumindo a liderança do grupo 2 da Taça Libertadores da América.

Ainda no primeiro tempo, o tricolor abriu dois gols sobre o Nacional e comandou o espetáculo do começo ao fim, sem dar chance para seu oponente sequer respirar. Rogério Ceni que o diga, pois mal trabalhou no jogo.

Achei interessante a equipe escalada pelo técnico Ricardo Gomes: Rogério Ceni; Jean (Cicinho), Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Hernanes, Richarlyson (Rodrigo Souto), Léo Lima e Cléber Santana; Dagoberto e Washington (Fernandinho).

O meio-de-campo ficou mais veloz e não perdeu qualidade com o quarteto formado por Hernanes, Richarlyson, Léo Lima e Cléber Santana. Aliás, destaque para Cléber que, além de dar mais força no que diz respeito a marcação, atuou como um bom garçon, deixando os atacantes tricolores em posições privilegiadas para conduzir boas jogadas de ataque.

Na lateral-esquerda, Júnior César mostrou que deve ser o titular absoluto, já que vem apresentando muita técnica e velocidade, coisa que o Jorge Wagner parece ter perdido. Aliás, se for para Jorge Wagner atuar nessa equipe, tem de entrar no meio-de-campo. difícil vai ser achar lugar para ele.

Já pela direita, Jean foi bem, como sempre, mas ainda acredito que Cicinho possa ser o dono absoluto da posição. Hoje o camisa 23 começou no banco e entrou apenas no final da partida, quando Jean parecia cansado, afinal, correu bastante.

A zaga esteve perfeita, mais uma vez. A dupla Miranda e Alex Silva dispensa comentários, embora o Xandão seja uma revelação que promete um futuro bastante promissor.

Eu, que sou um verdadeiro crítico do ataque tricolor, não posso deixar de dizer que houve melhora no setor. Dagoberto está mais confiante, chamando a responsabildade para si. O Washington tem sido peça fundamental na posição. Tem feito gol em todas as partidas. Está merecendo a confiança do torcedor. E o Fernandinho, sempre que entra, causa pânico no adversário com sua velocidade e habilidade. O único que até agora não mostrou para quê realmente veio foi o Marcelinho Paraíba. Mas o Ricardo Gomes percebeu e nem o escalou para a partida de hoje.

Repito: Não dá para se iludir jogando contra essa equipe do Paraguai - com todo respeito que eles mereçam -, mas me animei bastante com o futebol apresentado pela equipe do Morumbi.

Foi uma equipe bastante "faminta" por vitória, com "sede" de gol. Não pensou, momento algum, em jogar recuado como nos jogos do Paulistão.

Esse é o São Paulo que todos querem ver e que foi aplaudido e muito ovacionado pelos quase 35 mil torcedores que estiveram no estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi.

FOTO: Globo Esporte

3 comentários:

Carrinho! disse...

Muita calma nessa hora meu caro Fernando.

Não sei o que acontece com os times paraguaios neste ano na Libertadores, realmente estão dignos de pena e não servem nem para teste.
O São Paulo não poderia jogar novamente como jogou ante o mesmo Nacional e o Rio Branco, um time covarde, sem raça e ambição.

Ainda não consigo ver este time no mesmo nível dos demais, falta um algo a mais que não tivemos em nenhum jogo deste ano, falta a vontade de ser campeão, falta o companheirismo, a doação de 110% nos jogos, aquele brio no olhar de Lugano, a genialidade do Júnior, a criatividade de Danilo e assim por diante.

Ricardo Gomes insiste no 4-4-2 sendo que o time ficaria melhor no seguro e letal 3-5-2 com RC, JC, Miranda, Xandão, Alex e Ciço, Rodrigo Souto, Hernanes e Cléber Santana (Léo, Jw) Dalgo e W9, isto significa segurança na defesa, velocidade nas alas, criatividade no meio e um ataque equilibrado. Não é preciso arriscar, inventar e nem fazer rodízios, estamos na hora chave do ano, e a hora é de dar entrosamento e cobrar atitude aos jogadores.

Porém, vai continuar a mesma coisa e aí meu amigo, o último estagiário que sair apague a luz;

Fernando Richter disse...

Fala aí meu velho, blz?

Você tem toda razão. Está muito longe de ser aquele SPFC de 2005 e completamente fora de cogitação do SPFC de 1992. Por isso que eu comecei o texto com a seguite frase:"É verdade que uma equipe fraca como a do Nacional (PAR) não pode ser parâmetro para medir a força de ninguém. Isso é obviu. Mas independente da qualidade desse adversário o São Paulo fez uma partida brilhante..."

Obrigado por comentar, você é sempre bem-vindo

Abs

Unknown disse...

É verdade Fernando,

Concordo inclusive com o seu comentário. Não que o São Paulo tenha acordado de vez para a realidade, isso só veremos nos próximos jogos, mas ontem jogou SIM um futebol digno de São Paulo Futebol Clube.

Um beijo, adoro seu blog.